A alta de 1,1% nas vendas do comércio varejista em fevereiro ante a janeiro são “surpresa positiva”, de acordo com a pesquisadora do FGV IBRE, Marina Garrido, em entrevista à CNN Rádio.
“O crescimento vem por causa da Ômicron, que afetou em janeiro, e fevereiro trouxe um respiro para serviços, apesar da expectativa ter sido mais alta do que o resultado, e o varejo com bom desempenho”, disse.
Mesmo assim, a economista destacou que a situação do varejo “não deve continuar favorável para o resto do ano.”
Ela explica que para serviços os resultados devem ser positivos, mas para varejo nem tanto: “Pode crescer em um mês ou outro, mas não terá crescimento persistente para consumo, com inflação alta e crédito caro, agora com maior mobilidade, as pessoas vão acabar preferindo ir a um restaurante, cabeleireiro do que comprar um carro ou eletrodoméstico.”
O comércio como um todo, de acordo com Marina Garrido, tem dois problemas com as quais deverá lidar: “a falta de estoque por problemas de logística — que pioraram pela guerra e só deve normalizar em 2023 — e renda das famílias comprometida.”
Apesar disso, ela disse que a previsão do FGV IBRE é de crescimento ao final deste ano para o setor.
Fonte: CNN